sexta-feira, 18 de junho de 2010

O Herói do Herói...

... é o vilão!
yes! Aquele cara que faz tudo que você não é capaz de fazer.
É ele que você admira, mesmo em forma de desprezo, mesmo em forma de desaprovação. É assim que admira-se um herói do herói.
O que seria Super Man sem Lex Luthor? Quem seria Batman sem os loucos da cidade gótica para capturar?
Eles derrotam mas, nunca matam. NUNCA!
Ir contra seus valores, suas crenças, matar aquilo que você sabe que deve ser exterminado... isso faz de você um herói para o herói. Porque essa é sua maior deficiência. Colocar a esperança acima da própria humanidade, acima do heroísmo, acima da vida.
O vilão é o mal necessário para o triunfo do herói. Jamais se ganha uma medalha com prazer se competir sozinho.
E quando tudo que você acredita cai por terra? E quando alguém te convence de que certas pessoas simplesmente não têm salvação?
Algumas pessoas não querem ser salvas. Querem viver em seu eterno teatrinho, no seu comodismo emocional. Não querem dar a cara pra bater, correr riscos.
Certas pessoas nos decepcionam e vc... vc simplesmente desiste delas...
Ao desistir, você se torna um herói. Um herói de si próprio e de toda a humanidade. Porque as vezes é preciso a indiferença, o descarte, a reclusão. Porque antes de salvar, é preciso ser salvo. Antes de pregar, é preciso ter sido pregado (trocadilho maldoso proposital).
Um dia todos nós mostraremos a verdade. Porque ela nós ja sabemos. No fundo todo mundo sabe a dor e a agonia de ser quem é. De pensar o que pensa. De sentir o que sente.
Uns sentem vergonha. Outros sentem medo. Alguns simplesmente fingem que não vêm. Mas os heróis, os verdadeiros heróis, esses sim morrem por suas convicções. E MATAM, matam até a si mesmos e suas virtudes. Pra salvar o próximo, a si e até o mundo se assim se for necessário. Porque se o bater das asas de uma borboleta causa tanto estrago, salvar uma formiga provoca uma revolução.
O importante é não ter medo. Porque ele é o verdadeiro vilão. É aquele que coloca sorrisos falsos em nossos rostos. Nos afoga em lágrimas engolidas. Nos situa em um mundo disfuncional e em grupos hipócritas de subsistência milagrosa.
O vilão de todos nós, são nossos próprios limites. Aqueles que nos param no tempo e nos tornam menores que um átomo. Ainda que tenhamos 2 metros de altura, ainda que vivamos na cobertura. Se limitar é se matar aos poucos. Sem piedade de si próprio. Sem amor às próprias virtudes...