segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Não me deixe


Me deixe em paz
pelas trilhas que ainda não andei, furei meus pés e passei
por cima de montes de areia deslizei e me apaixonei por todos cascalhos em que tropecei
mergulhei em desertos verdes pra te olhar entre os arbustos e encontrei

agora me deixe em paz
não vou e nem quero olhar pros lados
só sentir sua mão na minha perna
e o que você faria?
Se sentisse minha mão na tua perna?

Não me adianta ter só parte de ti
porque tenho só parte de mim para oferecer
e não que seja pouco ou insuficiente
mas não é de todo eu

Achei tantas pedras que ainda estão lá
e pra sempre permanecerão
ainda que o rio pareça o mesmo
ele estará pra sempre modificado

E a gente pode maquiar
passar por cima
aprender o caminho das pedras
e fingir um flutuar

Pero que non me von bedite a trattare
per tute de la bene a future

E isso me sai de tantos horizontes
horizontes que perdi
e caminhos que se cruzam
saem por meus dez dedos

Confundem-se em verdades de muitos mundos
e o que você vê é somente minha verdade
entre as linhas ilegíveis
inconcebíveis a racionalidade

E não quero que me deixe
Porque está em mim
por algum motivo
Que acho jamais entenderei

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