segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Um pé atrás do outro




Não olho para trás, não posso.
O que se foi ja foi.
Por maiores que tenham sido meus passos, por mais impossíveis que tenham sido meus saltos, serei somente reconhecida por meus tropeços.
Quantas mentes maculadas com o mel da vaidade... quantas vezes não lambi os dedos antes da refeição por vir...
Eu quero mais, muito mais. Quero aparecer antes de perecer. Quero ser um caso, não um acaso.
Se eu olho as estrelas elas se chocam, se eu contemplo ovos eles se tornam cadentes.
Nem sempre é pra fazer sentido. Na verdade não faz na minha cabeça. Meus dedos acabam sendo mais rápidos. Vai ver isto nem é meu. Vai ver nunca o foi...
As coisas que se sente falta, os amigos menos esperados, as necessidades mais desnecessárias. Tudo mentira, tudo passageiro, tudo fruto da ilusão de ver o que queremos e cegar o que temos.
Por que driblar quem ficou pra trás? Por que razão voltar aonde não sou bem vinda?
Precisam de mim e só consigo me preocupar, mais uma vez, se vou me machucar no fim.
Qual a diferença se estou machucada agora? Será que realmente me importo ou seria meu preciosos ego em questão?
Não estou lendo, juro. Acho que é nítido.
São meus dedilhares mais rápidos que um pensamento. Se fosse o velho oeste minha mente morreria primeiro.
Em câmera lenta é como tudo passa agora. Só sei que o que sei não é o que acredito.
O que sinto não é o que quero. Nunca o quis. E mesmo que não o sinta sozinha, agora se foi, pereceu e não apareceu. Não me permiti tal luxo.
Sou tão amada e ao mesmo tempo consigo machucar tanto quanto. Não sei porque as vezes sou a própria chama e em seguida sou um iceberg. Não sei para quem o destino chama e nem sei o que quer. Nunca vou saber... Talvez quem queira sou eu e não me avisei. Talvez tenha esquecido de mim mesma.
Sou tudo que odeio em tentativa de melhora, na espera de uma metamorfose milagrosa. Assim me diz a psicologia, aquela velha mal amada. Ela se separou do coração e mesmo sem amor ficou sem razão.
Vai ver é porque nem estava lá pra ver e aprender. Vai ver eu optei por não ver e minguei no seu sofrer.
E agora tudo mudou. Agora meus pensamentos migraram. Meus demônios evoluiram. E nem foram pra pokemons fofos. Foram para bestas humanas. Foram para dentro de mim e assim ja estava escrito. Meu destino pertence a mim.
Não faz diferença quem está no meu ombro de cá e de lá, andar pra frente significa usar minhas próprias pernas, meus próprios pés, ainda que eu não saiba de que falo nesses posts. Um atrás do outro...

3 comentários:

  1. Destino não é uma questão de sorte, mas uma questão de escolha; não é uma coisa que se espera, mas que se busca
    William Jennings Bryan

    Parabéns!
    Amei blog.

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  2. "Sou tudo que odeio em tentativa de melhora, na espera de uma metamorfose milagrosa."

    Resumiu meus últimos meses.

    O lado bom é que continua um pé atrás do outro.

    =]

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