sexta-feira, 17 de junho de 2011

Um segundo na janela




Eu me voltei para a lua


Desviei de todos os planetas


Deixei os céus na recusa do absoluto


Renunciei ao certo e ao caos de estar em paz


Escolhi o privilégio da tortura


E confusão gloriosa


Me encontrei em devaneios


Usei portas para contemplar um sol poente


E pela janela esperei você entrar


Não espero mais a morte


Há morte na angustiante expectativa do ''A Seguir''


Sigo caminhos que se desencontram no horizonte


A estrela nascente mostra-me raios invisíveis que me destróem


Estou errando


Vejo onde e sou incapaz de consertar


Há uma saída


Eu sinto muito


Ainda que ela esteja lá fora sei que tenho que começar a sair de mim mesma


Começando por dentro...

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